pensamentos correntes, pensamentos pendentes

terça-feira, setembro 30, 2008

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Minhas Senhoras
Meus Senhores
Bem-vindos a um momento histórico

Estamos a viver um tempo que vai ficar para a história, por isso o melhor, é nós olharmos bem para o que está a acontecer.
Hoje, o principal índice mundial das bolsas, o Dow Jones, teve a maior queda de sempre após se saber que o chamado plano Paulson não tinha sido aprovado pelo congresso Americano, aliás, contra todas as expectativas. Não há dúvidas que esta é a maior crise financeira desde o famoso (e desastroso) crash de 1929, que levou também a uma série de falências no sector bancário e que na altura teve um impacto brutal junto do cidadão comum. Hoje, e apesar da magnitude do terramoto financeiro ser semelhante ou talvez maior, o cidadão comum não sofrerá tamanhas consequências, que muito se deve à existência dos bancos centrais com capacidade de almofadar tamanha queda (ainda assim vamos ver…). No entanto, não nos iludamos, hoje vive-se um tempo histórico, está a nascer neste momento um novo paradigma. O capitalismo tal como o conhecemos deverá estar prestes a desaparecer, e outro algo deverá nascer entretanto, é aí que devemos manter os olhos bem abertos e apreciar o que se passa, tal e qual como se de um fogo-de-artifício se tratasse (isto claro só é possível para quem está fora dos mercados, ou não tem dinheiro nos bancos que estão a ir à falência, se é que há algum banco que não estará à beira da falência neste momento).
Até aqui vivíamos num conto de fadas. Acreditou-se que o sistema capitalista se poderia auto-regular. E a verdade é que pode, o problema é o preço que se tem de pagar por tal ser completamente incomportável. Afinal qual é o problema de deixar os bancos e/ou todas as instituições financeiras arderem no mesmo fogo da ganância que os consumiram durante os últimos anos?
Basicamente o que aconteceu foi pura ganância (essa grande prostituta). Os tempos eram de feição, e todos sonhavam ter uma vida que nunca poderiam ter. Por isso, os sonhadores, foram aos bancos/instituições financeiras pedir dinheiro. Em condições normais nunca seria cedido crédito as estes sonhadores de bolsos vazios. No entanto a ganância soo mais alto. E assim foi feito o seguinte contrato: Não fazemos perguntas, não queremos garantias, mas vocês pagam os juros mais altos que há memória. E eles, os sonhadores probetanas, aceitaram. Afinal, o que poderiam perder? Somente regressar ao ponto onde estavam agora. Por isso assinaram alegremente contratos de empréstimo com taxas de juros estupidamente altas. Isto foi feito massivamente nos EUA. Claro, todos em todos o mundo queriam ter o seu quinhão desta nova galinha dos ovos d’ouro, por isso os gananciosos de todo o mundo (e que não são poucos como se verifica agora) fizeram o mesmo nos seus países ou, então, compravam esses créditos aos bancos americanos, para poderem também lambuzar os beiços.
Claro que chegou uma altura que os sonhadores pobres deixaram de poder pagar os empréstimos, e todo o sistema começou a cair. Não deixa de ser irónico, afinal de contas, o carrasco do capitalismo puro, é o pé-rapado, que servindo-se cega ganância do capital, lhe desfere um golpe (quase?) mortal.
É claro que à primeira vista, o que nos apraz dizer é: “Die mother fucker, die…”. No entanto o capitalismo sossega a sede da ganância de todos nós, e se este pura e simplesmente cair, desaparecer, basicamente, estamos todos f*#$%.
Por exemplo, logo a começar com o $$ que temos nos bancos, depois vem o dinheiro dos fundos de pensões onde reside o nosso sonho de poder ter uma reforma sossegada. Não nos podemos esquecer que parte dos fundos de pensões estão investidos em fundos de acções (pois, dizem, é o que rende mais a longo prazo), depois ainda, todos precisamos que o capital faça o “favor” de nos “emprestar” dinheiro a juros estupidamente altos, para que possamos comprar, por exemplo, uma casa, estupidamente cara. As empresas precisam de dinheiro para crescerem, and so on, and so on… Por isso é maléfico este bicho do capital, podemos odiá-lo, mas não podemos viver sem ele. Foi por isso é que o Lemon Brother’s foi pelo cano abaixo (não esquecer que era o quarto maior banco americano que devia produzir mais dinheiro por ano que o PIB Português), mas a AIG foi segurada pelos colarinhos, pois é lá que estão as reformas de quase todos os Americanos. Agora imaginem o que seria se se dissesse aos Americanos: Amigos, lembram-se daquele dinheiro todo que andam a descontar desde sempre para terem uma reforma passiva? Pois, esqueçam lá isso…
Era aqui que o plano Paulson entrava. O estado Amreicano metia 700 mil milhões de dólares no sistema para almofadar e podia ser que a coisa ficasse por aqui (gostaria só de lembrar que este valor representa 3 vezes o PIB Português). Mas a malta, uma vez gananciosa, sempre gananciosa, e pôs-se a pensar: “Então estes gajos é que fazem merda e eu agora é que vou ter de pagar com os meus impostos?” e deram o golpe, qual Brutus, bem nas entranhas do Capital. Não vamos nessa. Só para se ter noção do impacto desta notícia, 30 segundos (segundos, repito) após se saber que o congresso Americano tinha recusado o plano Paulson, o índice Dow Jones caía 680 pontos (a maior queda de SEMPRE). O impossível tinha acontecido. O tapete foi tirado no último momento debaixo dos pés do Capitalismo que parecia ter já uma réstia de esperança no olhar. Ficou tudo em puro estado de choque, e agora a pergunta que todos têm na cabeça é: “E AGORA…?”

Sinceramente não sei como vão descalçar esta bota, mas uma coisa é certa, vou estar muito atento, pois certo será que daqui a 100 anos, ainda a malta andará a falar disto…

domingo, setembro 28, 2008

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É impressionante o tempo que os media dedicam diariamente ao futebol, é algo que me transcende. O meu grau de espanto só é comparado com o que um Português paga de impostos. Não esquecer que para além daquele dinheiro que todos os meses fica retido, em todas as transacções comerciais, parte do valor envolvido lá vai direitinho para os cofres do estado. Aliás, Portugal deve ser dos países mais caros para se viver com menor compensação... Isto do futebol só se deve explicar como um mecanismo de alienação colectivo para que fiquemos contentes com as nossas vidinhas. Quando é que este país valerá a pena?

sexta-feira, setembro 26, 2008

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Só não chegamos a onde nunca sonhamos chegar.

Foi isto que me relembraram hoje...

Parabéns amiga...

segunda-feira, setembro 22, 2008

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Parece que as primeiras chuvadas do ano limparam a criminalidade de Portugal. De um momento para o outro, as notícias meteorológicas passaram a abrir os noticiários.
Já estou a imaginar os criminosos em casa:
- Eh pá, e se fossemos assaltar um banco hoje?
- O quê? Assim a chover? Nem penses, ainda me estraga o penteado...

terça-feira, setembro 16, 2008

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Porque, por vezes, o melhor é fechar os olhos e gozar o momento...
Para isso nada melhor que por a Peggy Lee a bombar na aparelhagem...


quinta-feira, setembro 11, 2008

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Porque se há fotografia que gostei de ter tirado...

quarta-feira, setembro 10, 2008

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Dada a importancia que as eleições Americanas têm para o mundo, acho que todas as pessoas potencialmente afectadas (basicamente a população mundial) deveria participar nestas. Isto porque, nos últimos anos, os Americanos têm demonstrado claramente que não estão aptos para o fazerem…

terça-feira, setembro 09, 2008

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As “Fábulas de Esopo” fizeram parte das minhas leituras de férias. Encontrei este livro como devem ser encontrados os livros, inesperadamente, perdido no meio de tantos outros livros numa livraria local. Ao ler estas fábulas, fui reconhecendo histórias que me acompanharam ao longo da vida (nos cadernos da escola e/ou em livros que fui lendo, etc.). Ao que parece La Fontaine, outro grande produtor de fábulas, foi-se inspirar fortemente às fábulas de Esopo, que por sua vez, também se foi inspirar nos seus conterrâneos, para produzir as ditas.

Passo a transcrever a minha fábula preferida. O engraçado de cada é fábula é vir sempre acompanhada no final com uma pequena moral (que naquele tempo penso que seria sinónimo de conhecimento, hoje em dia… hoje em dia não sei bem o que é a moral…).

Aqui vai então, a fabulosa fábula (será que a palavra “fabuloso” tem alguma coisa a ver com “fábula”? – tenho de ir investigar) A raposa e as uvas:

Uma vez uma raposa esfomeada entrou numa vinha cujas videiras estavam carregadas de cachos de uvas deliciosas. Ao vê-los, a raposa ficou com água na boca, mas os cachos fixavam-se muito lá em cima. A raposa saltou o mais alto que pôde, mas não conseguiu apanhar uma única uva. Por fim, cansada e desapontada, a raposa afastou-se das vinhas dizendo: “Quem quiser que as coma, porque é evidente que estão todas verdes e ácidas. Não vale a pena esforçar-me por causa delas”.

Moral: Muitas vezes, as pessoas que não conseguem obter o que pretendem atribuen o seu fracasso às circunstâncias.

photo by me

segunda-feira, setembro 08, 2008

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Se há sítio onde se pode formatar o cérebro, é aqui...










Mais informações no futuro...
photo by me...