pensamentos correntes, pensamentos pendentes

quarta-feira, agosto 27, 2008

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"No nuns on catwalk, priest stops "beauty contest" - reuters


E eu que já estava preparado para a votação

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Ironias... mas nem tanto...
Eu gosto de uma boa ironia, mas nem tanto assim. Já houve alguém que dizia que a realidade consegue sempre superar a ficção mais rebuscada. Parece impossível, mas acontece…
Estava a ver as notícias, anunciava-se a atribuição das chaves de casas novas a pessoas que anteriormente vivam em bairros de lata. De imediato tracei a cena que viria a seguir, algo como pessoas eternamente agradecidas por lhes terem dado uma casa a tentarem beijar o jornalista numa atitude extrema de gratidão. No entanto, para o meu estarrecido espanto, vejo uma senhora a reclamar. A Sra. Demonstrando uma Sra. Indignação queixava-se que lhe tinha sido atribuído um apartamento com dois quartos mas somente com um roupeiro. E continuava, questionando-se como poderia assim viver. Terminou com uma frase enigmática em tom ameaçador: “Isto não se admite, não tenho espaço para por a roupa, acho que vou ter de a por a roupa na rua…”
Eu aqui caí em mim, e tomei conta do desgraçado que sou: Eu tirei um curso superior, eu pago os meus impostos (e pago bem), eu vivo numa casa pela qual pago umas boas centenas de euros, mas… que não tem roupeiros. Estupidamente, pensei que a melhor maneira de resolver isto era comprar roupeiros para por a minha roupa. Esta senhora na TV teve uma estratégia de vida muito melhor que a minha. Foi viver para uma barraca num terreno nos arredores de Lisboa, nunca pagou renda/prestação, nunca deve ter pago impostos (muito provavelmente deve receber um subsídio qualquer do estado para viver), devia roubar electricidade e água para a barraca (só assim se explica como teria dinheiro para comprar as toneladas de roupa que dizia ter), e assim esperou pacientemente. Um dia, aparecem uns senhores simpáticos a lamentarem-se pela sua situação mas que iriam precisar daqueles terrenos para fazerem uma urbanização de luxo, mas que ela não se preocupasse pois iria ter a sua casinha. Ela faz-se de monga e diz que não sai, pois que já não sabe viver fora da sua barraca com TV cabo. Eles sobem a parada e oferecem-lhe um T2 (mas calam-se muito bem caladinhos sobre a quantidade de roupeiros que a casa tem, pois sabem que este pessoal das barracas é de gancho). Ela diz, que por uma casa com dois quartos, que faz o sacrifício.
Quando chega à casa, que lhe foi dada de mão beijada, pois o que ela queria mesmo era a sua barraquinha, a primeira coisa que ela se lembra de fazer é contar o número de roupeiros da casa e pensa: “Caraças, enganaram-me bem”.
Eu sou um desgraçado. Esta senhora, que nunca queimou os olhos na faculdade, que não paga um cêntimo de impostos, que passa o dia a ver TV cabo e que deve ter um BMW à porta, neste momento, se vender a casa (que lhe foi oferecida, não me canso de frisar este ponto) fica com um saldo bancário dezenas de vezes superior ao meu. Aliás com os juros desse dinheiro, pode comprar uma casa no tal condomínio de luxo, e ficar a viver onde sempre viveu
Eu gosto de ironias, mas… o que é demais também enjoa…

terça-feira, agosto 26, 2008

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E eis o que ouvi:

"- Ela estragou-me a relação que tinha com o João, nunca lhe hei-de perdoar..."

- As mulheres sempre cometeram este erro, o de atribuir os seus fracassos a causas alheias. Não foi ela especificamente que estragou o seu relacionamento com o João. Se não fosse ela seria uma outra qualquer. O problema estava na sua relação com o João, que já estava fraca há muito tempo...

domingo, agosto 17, 2008

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Fui a um museu Americano.
Vi arte Americana...




















E vi arte Europeia...





















Acho que é óbvio o quanto ingénuos eram ( são) os Americanos neste capítulo...
Basicamente ainda estão naquela altura em que gosta de jogar Play Station, enquanto os Europeus, já preferem um livro num sítio calmo. Isto não é de modo nenhum uma crítica para qualquer dos lados, no entanto, esta visão ajuda-nos a percebera algumas coisas...