pensamentos correntes, pensamentos pendentes

quarta-feira, julho 30, 2008

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Caros leitores (sim, hoje dirijo-me directamente aos leitores)
Em baixo está um vídeo que dura 1h16.
1h16min parece uma eternidade a passar. No entanto lanço-vos um desafio, comecem a ver o vídeo… Vão ver que 1h16 passa num instante


Senhoras e Senhores fiquem com…

Randy Pausch Last Lecture: Achieving Your Childhood Dreams


terça-feira, julho 22, 2008

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Hoje lembrei-me de uma coisa. Às vezes acontece-me, lembrar-me de coisas antigas, devem ser os primeiros presságios do Alzheimer…
Quando fiz 12 anos, tomei o meu banho matinal, sai da banheira, peguei num bom pedaço de gel e fiz um belo caracol de cabelo na testa. Muito mais pronunciado que o do Super-Homem. Assim mesmo, um grande C na testa. E fui assim para a escola, orgulhoso do meu caracol, e dos meus 12 anos (não sei se se lembram, mas fazer 12 anos naquela altura é quase como que atingir a maturidade, é deixar a criancice e entrar na adolescência).
Hoje lembro-me desse episódio e vejo a perfeita parvoíce que foi, nem sei como não fui gozado de alto a baixo na escola (se calhar fui, mas de tão inchado que estava do meu caracol nem me apercebi, ou então, foi a sorte de estar nos anos 80, onde qualquer desastre estético era visto como ultra-fashion). No entanto concluo que o melhor é fazer as parvoíces na altura certa…

domingo, julho 20, 2008

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Descobri, o que pode ser bem, uma das melhores rádios do mundo. Eu bem tenho o meu leitor de mp3 sempre a postos, mas até agora não precisei dele
Experimentem aqui...
PS- Nem a propósito, no momento em que escrevo este post, estão a passar umas das melhores músicas da década de 90 (Karma Police-Radiohead)

quarta-feira, julho 16, 2008

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Ok, acho que voltei, finalmente, a poder publicar neste blog...

Eis-me de volta a terras do Uncle Sam. Desta vez com um pouco mais de tempo. Tempo que uso para tentar perceber o que é este povo (se é que se pode definir como um só povo, acho que a melhor definição será mesmo uma mixórdia de povos, sendo aqui o termo mixórdia no melhor dos sentidos). É claro que a maneira de ser deste povo é regida por muitas razões, n entanto acho que acabo de descobrir uma, a massificação. Apesar de todos quererem ser diferentes, no fundo, são todos iguaizinhos. A prova mais que evidente: os interruptores (se pensavam que ía falar dos carros, das cadeias de fast-food, das casas, também teriam uma certa razão).
Na minha vivência por estas bandas, descobri que os interruptores são iguais em todo o lado, vá lá, podem ser de cores diferentes, mas tanto o formato como o material são sempre iguais. Claro, se todas as pessoas lidam com interruptores iguais, claro que acabam por ficar alienadamente iguais, e borrifarem para tudo o que se passa no resto do mundo. Quem quer saber, por exemplo onde fica Portugal, se tem de lidar durante toda a vida com os mesmos interruptores?
Nisso a Europa está muito à frente, cada casa, seu interruptor. Pensam que isto será por acaso? Claro que não…

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acaso? Claro que não…

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1,2, teste

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qçweh qjwhfqkwjh lkqjhc
teste, 1,2.3, teste

sexta-feira, julho 04, 2008

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Finalmente decidi-me a voltar ao tema dos livros em Portugal.
Uma vez que o tema já foi abordado há algum yempo, acho por bem levantar a questão de novo: Já alguma vez pensaram qual a razão pela qual os livros “paperback” nunca vingaram em Portugal?

Lembro-me perfeitamente quando as edições Europa-America lançaram pela primeira vez o formato “paperback” em Portugal. Na altura estava no começo da adolescência, deveria ter por volta dos meus 13 anos. Claro, subscrevi na altura uma espécie de Newsletter da editora onde se fazia publicidade aos títulos mais recentes publicados naquele formato. Apesar da fraca qualidade do papel e das capas, aquele tipo de livro tinha uma grande vantagem: O preço. Era muito mais barato. Além do mais a Europa-América fazia promoções de packs do género, compre 2 leve 3. Na altura acho que o formato teve algum sucesso, especialmente entre aqueles que gostavam de ler mas não tinham a carteira recheada (naquela altura, tal como hoje, os livros eram caros comó caraças). No entanto este formato foi perdendo a força que gozou nos tempos iniciais e acabou mesmo, muito para minha surpresa, confesso, por desaparecer.
Mais tarde aconteceu algo que me deixou (e ainda deixa) perplexo. Já andava na faculdade quando saiu um livro intitulado “O erro de Descartes” de António Damásio. Era um livro feito em capa dura (a versão de capa mole saiu mais tarde, muito mais tarde acho eu) e caro comó caraças, como todos os outros livros. A grande polémica em redor do livro era que o autor propunha que os sentimentos dever-se-iam a meros mensageiros químicos que circulavam no cérebro. Ou seja, amor, ódio, amizade, etc, não derivavam de nenhum canal metafísico ou de algo transcendente (algo que para mim já na altura, tinha toda a lógica), mas de meras moléculas que andavam a “passear” pelo cérebro.
Na altura li o livro e fiquei sem perceber como tinha chegado a ser um best-seller. A única parte tragável para o comum dos mortais era somente o primeiro capítulo (as primeiras 18 páginas, talvez), onde se contava a história da mudança de personalidade de uma pessoa após ter sofrido um acidente que lhe danificou o cérebro, a partir daí era neurobiologia pura. Na altura já tinha conhecimentos de neurobiologia e mesmo assim acho que não consegui perceber algumas das parte do livro. Ora, surge então a questão: Porque é que as pessoas compram massivamente um livro do qual não conseguem perceber puto? Só encontro uma resposta: não lêem, só o compram porque está na moda.
Na altura o livro foi alvo de uma campanha de marketing brutal (tudo o que era telejonal entrevistou o Damásio) e todos compraram, ou seja, ninguém está muito interessado no que diz o livro, mas somente ter na estante (porque fica bem mostrar aos amigos quando vão lá a casa) o livro da moda. Tanto pode ser o “Erro de Descartes” como o “Código Da Vinci”, não interessa. O que interessa é a moda. E como todas as modas, esta moda dos livros paga-se, e paga-se bem. Atrevo-me mesmo a dizer que o que se passa com os livros em Portugal é o mesmo que se passa com o petróleo actualmente, o preço é meramente especulativo.
Ora se o livro é um objecto de moda é claro que os “paperback” não têm a mínima hipótese, não são fashion. Basicamente o livro é hoje um objecto de novo-riquismo exibido para mostrar isso mesmo, por um lado tenho dinheiro suficiente para comprar um livro (sim eu dou 30 euros por um livro com uma encadernação execrável e com uma tradução toda assassinada), e se tenho um livro se calhar até posso chegar a lê-lo (nunca se sabe, às vezes até o lêem).
Em países com graus de leitura bem arreigados (pessoalmente lembro-me da Alemanha e Inglaterra), as pessoas consomem maioritariamente livros “paperback” (pois ao ritmo a que os consomem, gastariam fortunas caso assim não fosse), e desta forma o formato “paperback” é muito bem sucedido.
Por outro lado a relação entre o preço dos livros e os actos de leitura é, para mim, uma falsa questão. Há montes de bibliotecas, cheias de montes de livros, (mesmo daqueles que estão na moda) às moscas. Em Portugal para se ler um livro tem de se comprar, ou seja, tem-se amor ao objecto muito mais que ao conteúdo.
É claro que o formato “paperback” vai voltar a Portugal, nós somos atrasados, mas acabamos por lá chegar. Enquanto isso, pessoalmente, mandando-os vir via internet (são mais baratinhos e até vem ter a casa sem ter de pagar mais por isso). Querem um site fixe com montes de “paperback” e baratinhos? Então aqui vai: www.play.com

Depois não digam que eu não amigo…