pensamentos correntes, pensamentos pendentes

terça-feira, dezembro 25, 2007

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“A escolha do dia 25 de Dezembro remonta aos rituais pagãos de comemoração do nascimento do sol. Com a Saturnália, festa que se estendia entre os dias 17 e 25 de Dezembro, os antigos povos do Norte da Europa celebravam o nascimento de Saturno. Também no Império Romano as festas consagradas ao deus Mitra (o Sol da Virtude) marcavam essa data.”

Retirado de http://www.fcsh.unl.pt/cadeiras/plataforma/foralinha/atelier/b/www/view.asp?edicao=06&artigo=276


Achei graça ao ouvir o Sr. Policarpo (mais conhecido por D. Policarpo) dizer que a falta de fé é o maior problema da humanidade (leia-se da igreja católica) durante a sua homília natalícia. Que esses ateus ao comemorarem o natal estão a desvirtuar o mesmo (frase devidamente floreada por mim). Pois eu também fico todo indignado quando esses católicos se põem a comemorar o Carnaval a Páscoa, etc, pois todas coincidem com comemorações pagãs, por estranha, mas precisa, coincidência.
Desta forma, da próxima vez, ainda que sem as pessoas se aperceberem, quando desejar bom natal, estar-me-ei a referir à comemoração pelo Sol ter nascido em vez do dúbio nascimento de certo menino em Belém há uns valentes anos atrás.
Não há nada melhor que ser um pagão em época natalícia…

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terça-feira, dezembro 11, 2007

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Hoje ouvi mais uma conversa que não consigo, simplesmente, resistir a transcrevê-la aqui. A bem dizer, acho que com aquilo que todos os dias me chega aos ouvidos dava para manter este blog ocupado, mas para isso teria de mudar o título do blog de pensamentos correntes, pensamentos pendentes para conversas correntes, conversas pendentes e para já os planos não são esses.

Bom então lá estava eu a comer descansado enquanto lia um artigo sobre um tipo que entrou na faculdade com média de 20, quando a conversa de um grupo de miúdas ao meu lado começa a chegar-me aos ouvidos.

O que começou por me chamar a atenção foi quando uma do silencia exclama.

- Sabem, a A. esteve-me a explicar a homossexualidade.

- Sério – respondem as outras – e como é isso?

Bom, eu pensava que o conceito de homossexualidade fosse de fácil percepção, e por isso mesmo enquanto disfarçava o melhor que podia, agucei o ouvido para melhor seguir aquela conversa.

- Então parece que a homossexualidade está relacionada com um problema de uns receptores de testosterona que existem no cérebro. O que ela me esteve a explicar foi que quando há alguma alteração nestes receptores leva a desvios no comportamento sexual.

- Mas isso quer dizer que a homossexualidades é uma doença genética?

- Pois parece que sim. Quando se arranjarem as drogas apropriadas até pode ser que se consiga curar. E acho bem, pois com a falta de homens no mercado…

- Pois, o último namorado que tive já foi há um ano e meio e parece que não consigo arranjar mais nada.

- Mas isso está provado cientificamente?

- Ao que parece, está.

- Ok, se está provado cientificamente, é porque deve ser verdade

- Mas espera aí, mas as mulheres não têm testosterona. Como é que se explica então a homossexualidade nas mulheres.

- Olha, não sei, mas que as há, há…

-….

terça-feira, dezembro 04, 2007

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Não deixa de ser sintomático a notícia que uma boa percentagem da ajuda que o Banco Alimentar tem dado nos últimos tempos tem sido a pessoas que ganham bem(os exemplo das são de professores e mesmo médicos), mas que para manter as aparências chegam a meio do mês sem dinheiro para comprar comida…

sábado, dezembro 01, 2007

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Cada vez mais gosto do sistema judicial Português.

Ora bem, vejamos como exemplo o caso da custódia da criança que anda por aí na berra por estes tempos.

Então se eu percebi bem a história, a coisa foi assim.

  1. A mãe biológica na altura do nascimento, entregou a filha por achar não ter condições para suportar a criança.
  2. Houve uma outra família que recolheu essa criança e que a criou durante os últimos anos.
  3. Passados uns anos, o pai, que na altura do nascimento da criança parece não ter tido o menor interesse no assunto, requer a custódia da criança.
  4. O caso entra nas barras dos tribunais e no final, para quem ganha a custódia da criança? A mãe, a única pessoa que no processo nunca quis a criança

O nosso sistema judicial é mesmo bom…