pensamentos correntes, pensamentos pendentes

sábado, novembro 24, 2007

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Antes quero começar por dizer que se eu fosse este blog, despedia o seu autor por falta de comparência. O que vale é que os blogs são uns tipos passivos. Agora vamos ao que interessa…

Ultimamente tenho ouvido conversas, espacialmente, conversas de mulher. Não faço propositadamente. Acontece. Ali estou eu e elas, as conversas, começam-me a chegar aos ouvidos. Todas estas conversas davam bons temas para posts, no entanto houve uma dessas conversas que acho ser o melhor merecedora de comentário.

A conversa passava-se entre duas mulheres que se tinham divorciado há pouco tempo. Ali estavam elas, calmamente, a discutir as razões dos seus divórcio. Entre as muitas coisas que foram ditas, houve duas que me intrigaram especialmente:

Uma delas foi quando uma dessas senhoras revelou que, quando foi concretizar o divórcio, perguntaram ao casal se tinham discutido bem o assunto. Para surpresa dela, apercebeu-se nesse momento que não sabia muito bem porque se estava a divorciar, mas em chegando aquele ponto não ia dar parte fraca. Respondeu sim e o divórcio foi para a frente. Bonito. Este é o melhor exemplo da deriva em que a vida de tantas pessoas flui alegremente...

A outra história quase que me fez engasgar com a bolonhesa de soja que estava a comer.

A outra senhora era muito mais pragmática, e tinha discutido até à exaustão as razões do seu divórcio com o seu então marido. Aparentemente não havia uma causa passional, como traição ou coisa do género, simplesmente não dava. E depois ainda acrescentou que os homens são sempre vistos como filhos e as mulheres como mães, e por isso, coitadinhos, não conseguem aguentar muito a pressão. Ela compreendia isso muito bem, e por isso mesmo tolerava certas e determinadas coisas. Mas chegou a um ponto que ela própria não aguentava mais, e foi aí que se deu o divórcio.

Eu, caladinho no meu canto, pensava com os meus botões: Mas que ilusões giras arranjam as mulheres para desculparem os homens, ou melhor (ainda me passou pela cabeça); que desculpas giras arranjam as mulheres para terem de aguentar um homem.

Claro, imaginei um homem sentadinho no sofá sem fazer puto, a pedir cerveja gelada à mulher que estava na cozinha a fazer o jantar. Enquanto ela largava as panelas e se dirigia à sala com a cerveja na mão, pensava: “Lá está ele a fazer de conta que eu sou mãe dele, que engraçado ele é…”

terça-feira, novembro 13, 2007

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Sou um tipo da cidade que aprendeu a gostar de aves porque elas me ensinaram a olhar para cima...

segunda-feira, novembro 12, 2007

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Restaurante Eleven em Lisboa

É bom, de vez em quando, ter um miminho destes...

quarta-feira, novembro 07, 2007

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A Nossa Necessidade de Consolo é Impossível de Satisfazer
STIG DAGERMAN


Não me sai da cabeça de como a necessidade de consolo pode moldar as nossas vidas. De repente tudo ficou claro.
No tempo de Kant este diria: Nós agimos para obter o reconhecimento dos outros.
Hoje eu diria: Andamos todos em busca de consolo, andamos todos em busca de razões para pedir consolo...

Seria ousado demais estar-me a comparar com Kant, por isso qualquer suposta pretenção nesse sentido será pura coincidência.

sábado, novembro 03, 2007

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Hoje vou mesmo pubicar a citação que aparece aqui ao lado por me parecer boa demais para ficar remetida para o canto do blog...

"Não há factos, apenas interpretações"
Nietzsche, Friedrich

quinta-feira, novembro 01, 2007

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O dia que hoje passou foi, caso não saibam, dedicado à poupança. Sim, foi o dia mundial da poupança. Giro foi ver tudo o que era jornal económico a ensinar o pessoal a poupar. Longas listas de conselhos e dicas para poupar. Mas que raio, o que eles diziam resumia-se ao bom senso. Sim, aquelas páginas todas poderiam ser sintetizadas ao seguinte: Não gastes mais que aquilo que ganhas. Mas será isto assim tão difícil de descobrir, que se gastarmos mais que aquilo que ganhamos mais cedo ou mais tarde a coisa vai começar a ficar azeda? Às vezes penso que vivo num país de crianças (e mesmo assim devo estar a ofender as crianças Portuguesas, num desses jornais dizia-se que as crianças Portuguesas poupam 14 euros por mês, e elas não ganham nada. Estou em crer que o Nobel da economia deve estar prestes a vir para Portugal nos próximos tempos…).