pensamentos correntes, pensamentos pendentes

sexta-feira, agosto 31, 2007

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Aventuras de um Português em terras do Uncle Sam #5

Nos EUA não usam bidé. Acho isto bastante revelador em relação a um povo...

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Verde Eufémia para Itália... Já!!


Não pude evitar mais. Estava agora mesmo na minha sala, descansadinho a ver junk-TV, quando num zapping passo pela SIC notícias e,... lá estavam eles a discutir sobre os transgénicos. Não me contive. Vim logo a correr para o pc. Tinha de publicar algo acerca deste assunto. Basta...
Milho, especialmente milho transgénico, existe entre nós já há muito, mas muito tempo, não percebo de onde vem esta agitação toda agora. Ok, quando era puto e não sabia o que fazer com o tempo extra que resultava de umas férias de verão excessivas, divertia-me com os amigos a mandar sacos cheios de águas ao pessoal que passava. Mas com o calor que costumava estar, até era perfeitamente aceitável. Agora ir destruir um campo de milho, para só por ser mais um campo de milho transgénico entre tantos outros, sinceramente é de uma falta de imaginação no mínimo e de uma demonstração de burrismo completamente desnecessária no razoável.
Como disse milho transgénico existe desde há muito tempo. Ao que parece, este campo específico, tinha cultivado milho com uma certa mutação que fazia a cultura não estar dependente de pesticidas e, naturalmente, produziria mais milho (não esquecer que uma das possíveis respostas para acabar com a fome no mundo são os alimentos transgénicos, particularmente milho e arroz, mas não vamos por aí...). O milho que se cultiva em todo o mundo é transgénico pois foi sendo sempre seleccionado e misturado entre as várias variedade de modo a produzir plantas mais resistentes e com maior resistências às pragas (ops, que é exactamente o que se pretendia com o tal milho cultivado no tal campo). Mas o melhor exemplo que tenho para dar é o caso da Itália. Foi-me afiançado por alguém que percebe e está mesmo informado sobre estas coisas que todo o milho usado em Itália nas farinhas para fazer as bases para as pizas é transgénico, mas transgénico a valer. Então aquilo é feito assim: Pegam numas semente de milho, irradiam-nas com luz ultravioleta (que das campanhas contra o cancro da pele já se sabe que aquilo é mesmo agreste) e depois cultivam aquelas sementes. Vão haver algumas que, por causa das mutações induzidas pelas luz UV, irão ter alguma vantagem genética e por isso vão crescer mais e ser mais resistentes às pragas (curiosamente o milho tem muito mais material genético que os humanos – se calhar é por isso que se mantem sempre caladinho - consequentemente, o número possível de mutações também é consideravelmente maior). Depois, é só propagar, e vender aos agricultores como o milho mágico que cresce em todo lado sem problemas. Reparem bem no pormenor. Enquanto o milho usado nesse campo Português tinha uma mutação conhecida, o milho usado na Itália tem uma (ou milhares) mutação (de mutações) que ninguém faz ideia qual (ou quais) é (é que são), e não é por isso que andam os putos italianos a destruir os campos de milho italianos (até porque se há coisa que os italianos gostam é de pizza, e sem farinha,... não há pizza para ninguém...). É claro que esse milho milagroso originado na Itália (como em tantos outros países) já se espalhou por todos os campos de cultivo do mundo. É por isso que não consegui perceber como é que aqueles putos, numa era que até é fácil ter acesso a informação e tudo, em que ser-se jovem deveria ser sinónimo de ser-se informado, caem numa esparrela daquelas....
Nã..., a mim ninguém me engana. Cá para mim eles foram lá mas foi para arranjar umas barbas de milho para poderem fumar e depois poderem contar aos colegas que fumam droga biológica. Quando se viram naquela alhada, inventaram aquela...
Mas que cambada...

sexta-feira, agosto 24, 2007

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Aventuras de um Português em terras do Uncle Sam #4

Acho que uma maneira de conhecer as pessoas que vivem num certo local é ir a uma livraria, quanto mais generalista melhor. Acho que as livrarias representam o espelho dos gostos e modo de viver das pessoas que a frequentam. A parte boa dos estabelecimentos que vendem livros é essa mesma, vendem livros, querem vender livros. Por isso irão dedicar ou chamar a atenção para os livros que pensam que terão maior atenção das pessoas que visitam tal local. Acontece que nos últimos tempos tomei o pequeno-almoço sistematicamente numa dessas livrarias Americanas, e assim dediquei-me a perceber que tipo de pessoas viviam naquela cidade. Se o provérbio diz: “Diz-me com quem andas e eu direi como és”, eu prefiro mais, diz-me o que lês e saberei que és. A livraria não poderia ser mais generalista, a Barnes & Noble (o equivalente da Bertrand em Portugal). Então os temas que ocupavam o maior número de estantes eram os seguintes: Dietas e culinária, auto-ajuda, romance policial e bíblias e todos os respectivos derivados. À ciência, filosofia e política eram dedicadas 4-5 estantes por tema, isto tendo em conta que existiriam centenas de estantes naquela livraria.
Após fazer a síntese, conclui assim rapidamente que, muito provavelmente, conhecer as pessoas que frequentavam aquela livraria não era dos meus principais objectivos...



sexta-feira, agosto 17, 2007

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Aventuras de um Português em terras do Uncle Sam #3

Todos diferentes, todos iguais.

Bom, nos últimos anos temos ouvido em Portugal sempre a mesma balela. Que somos uma cambada de irresponsáveis, pois andamos todos a viver acima das nossas possibilidades, que usamos o cartão de crédito irracionalmente, etc., etc.
Eu concordava (e concordo) com toda esta ladainha claro. É mais que sabido que podemos viver acima das nossas possibilidades, mas mais ou menos dia, a conta vai ter de nos cair em cima. E fartava-me de pensar “Porra, os tugas não têm emenda mesmo...”.
Bom, não sei se se têm dado conta, mas neste momento está a acontecer uma crise financeira à escala mundial. Porquê? Porque os nossos amiguinhos americanos têm estado todos estes últimos anos a viver acima das suas possibilidades, com base em cartões de crédito e agora, que chegou a hora da dolorosa, pura e simplesmente não têm dinheiro para pagar aos bancos. Ora, os banco que emprestaram dinheiro com todas as facilidades agora estão a ver que se vão ver à rasca para o recuperar. Consequencia, catástrofe no mercado financeiro. É claro, o resto do mundo passava muito bem se se fossem só os tugas a não poder pagar o empréstimos ao banco. Agora quando isso acontece na américa o caso muda de figura, pois arrasta todo o resto da economia mundial atrás. De modo surpreendente e contrariando todas as expectativas o Fed (reserva federal americana) baixou os juros em 0.5 pontos de modo a conter o desastre, no entanto não sei se ainda vai a tempo, ou se ainda há alguma coisa que possa ser dita. Não se se lembram do discurso do Bush aquando do ataque ás twin torwers. Basicamente o que ele sugeriu foi que, para que aquele acontecimento não interferisse com a economia americana, os americanos deveriam ir todos para os centos comerciais fazer compras... Aí está a consequência da apuradíssima qualidade da política económica de Bush.
Mais uma vez esta minha qualidade Lusa de regozijar com a desgraça alheia vem ao de cima quando deveria ficar trancada bem lá no fundo, mas não posso deixar de ficar contente por perceber que afinal... porra afinal, não somos só nós, os outros também não são nada de especial, então se forem americanos...

PS - A foo corresponde à vista de um parque de estacionamento de um Shopping perto de Boston ontetem por volta das 11.00 pm. Como se pode ser está um bocado vazio, aliás, só tem um carro, o meu. Sim... os americanos estão mesmo a abandonar as compras...



segunda-feira, agosto 13, 2007

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Aventuras de um Português em terras do Uncle Sam
#2

Ora aí está o (não) típico pequeno almoço americano, mas muito próximo.
O típico é o chamado Gran Slam, que tudo o que faz bem, desde as salsichas, passando pelos ovos, bacon, etc...
Quero ver se também consigo experimentar esse um dia destes...

quinta-feira, agosto 09, 2007

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Aventuras de um Português em terras do Uncle Sam

#1

É claro que nos EUA existem algumas "pequenas" contradições. Por exemplo ontem enquanto estava a definhar em frente à televisão passou uma sequência de anúncios completamente impossível. Quer dizer, somente possível nos EUA.

Então, primeiro vem um anúncio sobre a diabetes e um novo produto da Bayer para a medição da glicemia. Tudo super sofisticado e com montes de pessoas diabéticas super felizes por poderem usar aquele aparelho que lhes proporciona uma vida fantástica cheia de sucesso. É claro, que apesar daquela felicidade toda uma pessoa põe-se a pensar no flagelo da diabetes e de como difícil deve ser uma vida com esta doença.
Enquanto estava com este pensamento na cabeça, surge o anúncio seguinte.
Era um anúncio da SubWay, uma cadeia de fast food por estas bandas, a anunciar a sua nova sanduíche, com mais bancon, queijo e gordura que todas as outras conhecidas até agora.

Portanto a sequência foi algo do género: tratamento da diabetes algo que induz a diabetes...

Espertos estes gajos. Até aposto que foi a Bayer que pagou pelo anúncio à SubWay, pois é preciso arranjar clientes para comprar o tal medidor da glicemia super avançado....

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Isto é NY





















E isto é Boston























Por incrível que pareça e contra todas as expectativas pessoais, gostei mais de Boston que NY.
É mais limpo, pode-se andar de bicicleta e tem um restaurante de marisco simplesmente fantástico...

(Ei.... atenção,, não me estou a converter ao americanismo, só para que fique em acta...)

terça-feira, agosto 07, 2007

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Os americanos podem ser os melhores a fazer Muffins extra-double chocolate, mas não fazem a mínima ideia do que é soupa...

PS- acho que nos próximos tempos, o tema America vai passar a ser recorrente...

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Passei por Nova York, e para dizer a verdade, não gostei muito.
Prefiro mais o "country side" americano.
Porra, estou mesmo a ficar velho...