sexta-feira, abril 27, 2007
|quarta-feira, abril 25, 2007
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- Atacar o homem? (e penso que até teria alguma vantagem dada a sua fraca compleição física) - Nesse caso ele faria queixa à polícia e ninguém me daria razão por estar a defender o cão (por mais que todos sejamos amigos dos animais)
- Fazer queixa dele à polícia? Chamar a polícia? - Se chamasse a polícia esta nunca viria em tempo útil. Já estava a ver o homem a rir-se da minha cara e a dizer-me para não me meter onde não era chamado. Ainda assim acho que só poderia piorar as coisas para o cão, pois exactamente pela ineficiência ou mesmo ausência de justiça, o único a sofrer iria ser certamente o cão, pois se por causa daquilo tenho apanhado assim, se por causa dele o dono tivesse problemas com a justiça nem quero pensar no seu destino, mesmo que esses problemas com a justiça nunca se traduzissem em nada.
Aquela reacção daquele homem demonstrou-me bem esta maneira de ser de muitos de nós. A culpa do cão ter ido para o meio da estrada era exclusivamente do dono, pois o cão andava sem trela (algo já por si ilegal) e um cachorro sem trela faz o que qualquer cachorro sem trela faz, vai tentar meter o focinho em todo o lado, mesmo no meio da estrada onde passam os carros grandes e mortais. No entanto o juiz daquela causa era precisamente o culpado e assim, quem pagou foi o elo mais fraco e completamente inocente, desta feita o cão. Resumindo o culpado foi o juiz e o executante da sentença, a qual determinou que o inocente fosse condenado a um espancamento compulsivo. "
Quantas pessoas são muitas vezes este cão por esta cidade (esse mundo) fora?" - Pensei fazendo uma anotação mental para evitar ser cachorro nesta vida...
Assim continuei o meu caminho para casa. Tentei esquecer o cão e a vida sofrida que iria ter. Sabia no entanto que o cão, apesar de ter apanhado, iria a continuar a gostar do seu dono...
segunda-feira, abril 23, 2007
|sexta-feira, abril 20, 2007
| |A Igreja Católica eliminou o limbo, onde a tradição católica colocava as crianças que morriam sem receber o baptismo, considerando que aquele reflectia "uma visão excessivamente restritiva da salvação".
Público - edição online 20/04/07
Hoje passou na 2 um programa sobre uma equipa que andava à procura da arca de Noé nuns montes no Irão...
Mas...
Mas o que é isto? Mas será que está tudo a perder o juízo?
segunda-feira, abril 16, 2007
|sábado, abril 14, 2007
|quarta-feira, abril 11, 2007
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Já vai para cima de cinco anos, um colega meu foi, como se costuma dizer, para fora. Ao chegar, instalou-se e passados uns tempos pensou colocar internet em casa. E se o pensou, melhor o fez. Pois bem, contacta por telefone a empresa que lhe parecia ser a melhor prestadora de serviços. A páginas tantas faz a pergunta fatídica: "E qual é o limite de tráfego?". Do outro lado ouve-se um silêncio seguido de um: "desculpe, não percebi, podia repetir a perguntar". Ao que o meu amigo repete:
- qual é o limite de tráfego deste serviço?
- limite de tráfego? Mas o que quer dizer com isso?
- Bem, qual é o limite de tráfego que tenho? 100 Mb, 500 Mb 1 Gb? E já agora qual é a diferença entre os valores entre os vários limites?
- Bom, não sei bem ao que se refere. O nosso serviço não tem limite de tráfego, o Sr. pode navegar à vontade.
- ...Erghh.... Ok, obrigado pelo esclarecimento.
Aqui, nesta província europeia, onde o primeiro-ministro apesar de não ser, deixa que lhe chamem engenheiro porque,... porque não podia ser de outra forma e depois ficavam todos sem aber como tratar o homem (já estou a ver a coisa: Bom dia senhor Bacharel), sempre houve limite de tráfego nos serviços de internet. É claro que as campanhas arrastam-se, lenta e concertadamente entre as várias companhias, umas atrás das outras com anúncios bombásticos como "Agora 2Gb de tráfego nacional e 1 Gb de tráfego internacional". ISTO É COMO COLOCAR A CENOURA EM FRENTE DOS BURROS. Mas será que ninguém percebe e faz fazer ver que nós Portugueses, mereceríamos um pouco mais de respeito? Ou será que merecemos isto mesmo, porque comemos as cenouras que nos põem à frente e ainda agradecemos...
A última campanha da Sapo já anuncia tráfego ilimitado, como se fosse a coisa mais extraordinária do mundo (ainda por cima continuam a chamar sapo a uma rela, o que ainda chateia mais). Sempre que vejo esta campanha salta-me à vista o atraso provinciano em que ainda nos encontramos, em chamamos Dr. a toda a gente mesmo que não faça um carais de jeito, vergando a espinha reverentemente. Isto é muito fácil de constatar. Experimentem ir a um banco de t-shirt e calças de ganga e depois (até pode ser na mesma agência) ir de fato para verem a diferença. Porque fico lixado com a hipocrisia da aparência uso a banca online (e porque me recuso a ter de vestir um fato se quero ser bem tratado)
Obrigado A Barreto pelo abre olhos (Ainda assim, acho que hoje se vive incomensuravelmente melhor que há 30-50 anos, não venham cá com tretas. Se quiserem a continuar a viver no meio da merda sem quaisquer condições de trabalho e sem liberdade há muito para onde podem ir).
Ah, e quanto a Sapos e associados, vão se todos f#$%& (e já agora o livro de reclamações, que é a melhor maneira de os mandar f#$$%)
quinta-feira, abril 05, 2007
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Para quem pensava que os Gato Fedorento estavam a entrar nalgum período de queda (como se poderá ler nalguns blogs vizinhos), eis mais uma vez que nos surpreendem com acto de pura genialidade.
Que me lembre, são os primeiros humoristas que vão muito mais além do que a piada, assumindo um papel na acção social. A verdade é que ninguém sabia lidar muito bem com aquele cartaz nacionalista colocado no Largo do Mq. de Pombal. Fazer um comentário sério fazia-nos sentir estar a dar demasiada importância, e assim contribuir para o efeito desejado, a uma coisa, que nas sábias palavras dos GF, é parva. Mas também ninguém tinha a coragem de brincar com o assunto, sob o risco de não sermos considerados pessoas interessadas nas questões sociais.
No entanto, os GF fizeram-no na perfeição. Expuseram o ridículo com o ridículo, pagando do seu próprio bolso. A verdade é que se podiam ter mantido na sua conchinha de ídolos nacionais, não precisavam disto para nada. Ainda assim, usufruindo da sua popularidade e do seu génio deram a resposta mais cabal que se pode imaginar ao cartaz ridículo e estúpido do PNR.
Assim, só posso dizer: Obrigado Gato Fedorento. Espero que sirvam de exemplo para todas as outras “estrelas”, que mais não passam de mamões de uma idolatria provinciana...