PRELÚDIO
S Godin - As Mentiras o Marketing

Pois é, parece então que todos mentimos.
Mentem os defensores do não e mentem os defensores do sim, pois nenhum destes grupos consegue ser coerente completamente.
Mentem os defensores do não porque vendo única e cegamente a vida que há no embrião desprezam as condições a que as mulheres são sujeitas quando forçadas a recorrer ao aborto. Mentem quando dizem que não estão de acordo com a lei mas também a a não querem ver mudada.
Mentem quando dizem que defendem a vida mas concordam com a lei actual que permite o aborto nalgumas circunstâncias.
Mentem quando dizem que defendem a vida mas toleram que continuem a morrer mulheres devido a um aborto clandestino mal realizado.
Mentem os defensores do sim quando erguem a bandeira de igualdade para todos, mas ao mesmo tempo dizem que são contra ao aborto.
Mentem quando dizem que deve ser o sistema nacional de saúde a realizar os abortos sem saberem quantos serão os abortos a realizar sem assim saberem se o sistema de saúde terá a respectiva capacidade de resposta.
Mentem quando mostram o aborto como resposta sem olhar para o que poderia ser feito antes de este ser preciso.
Todos mentimos portanto.
Mente também a pergunta que estará a sujeita a referendo no próximo dia 11 de Fevereiro.
Eu compreendo que a classe política tenha querido ir com pézinhos de lã e por isso não chamar as coisas pelo nome. Por isso, em consciência devia votar não, mas vou votar sim, pois é o menor dos males. A pergunta é sobre a despenalização do aborto. Ora despenalização quer dizer que algo é visto como "penalizável" mas que o estado vai como que "fechar os olhos", ou seja, continua a ser crime mas que não é penalizado.
Eu sou pela liberalização. Ou seja, o aborto deixaria de ser visto pelo estado como um acto ilícito e por isso não o penalizavel.
É claro, quando os defensores do não e a maioria das pessoas ouve isto imediatamente abre os braços em direcção ao céu clamando pela intervenção divina para fulminar o autor de tal afirmação, ou seja, para esse grupo de pessoas a liberalização teria como consequência que todas as mulheres grávidas fossem abortar, como que a liberalização implicasse o próprio acto. Ora a liberalização é (seria) equivalente à liberdade de escolha, uma liberdade responsável, pois só quem é completamente limitado (e poderei mesmo dizer burro) é que poderá pensar que por se liberalizar o aborto vão desatar as mulheres a abortar para ver como é. Só quem anda aqui por ver andar os outros tem a ideia que o estado deve dominar e proteger-mo-nos de tudo.
Mas o que me parece desta vez é que a classe política até escreveu direito por linhas tortas, pois a lei que sairá caso o sim ganhe será mesmo equivalente à liberalização. Sem medo de o dizer, LIBERALIZAÇÃO, pois acredito sinceramente que as pessoas, pelo menos neste aspecto, serão responsáveis.
No entanto, no entanto, tal como escrevi há uns meses atrás, continuo céptico. Apesar de o sim ir à frente nas sondagens, acho que no final o não irá ganhar. Acho que no momento de colocar a cruz os Portugueses se vão "acagassar" com o fogo do inferno e acabarão por colocar a cruz no não. Pode ser que me engane. Espero mesmo que me engane.
Mentem os defensores do não e mentem os defensores do sim, pois nenhum destes grupos consegue ser coerente completamente.
Mentem os defensores do não porque vendo única e cegamente a vida que há no embrião desprezam as condições a que as mulheres são sujeitas quando forçadas a recorrer ao aborto. Mentem quando dizem que não estão de acordo com a lei mas também a a não querem ver mudada.
Mentem quando dizem que defendem a vida mas concordam com a lei actual que permite o aborto nalgumas circunstâncias.
Mentem quando dizem que defendem a vida mas toleram que continuem a morrer mulheres devido a um aborto clandestino mal realizado.
Mentem os defensores do sim quando erguem a bandeira de igualdade para todos, mas ao mesmo tempo dizem que são contra ao aborto.
Mentem quando dizem que deve ser o sistema nacional de saúde a realizar os abortos sem saberem quantos serão os abortos a realizar sem assim saberem se o sistema de saúde terá a respectiva capacidade de resposta.
Mentem quando mostram o aborto como resposta sem olhar para o que poderia ser feito antes de este ser preciso.
Todos mentimos portanto.
Mente também a pergunta que estará a sujeita a referendo no próximo dia 11 de Fevereiro.
Eu compreendo que a classe política tenha querido ir com pézinhos de lã e por isso não chamar as coisas pelo nome. Por isso, em consciência devia votar não, mas vou votar sim, pois é o menor dos males. A pergunta é sobre a despenalização do aborto. Ora despenalização quer dizer que algo é visto como "penalizável" mas que o estado vai como que "fechar os olhos", ou seja, continua a ser crime mas que não é penalizado.
Eu sou pela liberalização. Ou seja, o aborto deixaria de ser visto pelo estado como um acto ilícito e por isso não o penalizavel.
É claro, quando os defensores do não e a maioria das pessoas ouve isto imediatamente abre os braços em direcção ao céu clamando pela intervenção divina para fulminar o autor de tal afirmação, ou seja, para esse grupo de pessoas a liberalização teria como consequência que todas as mulheres grávidas fossem abortar, como que a liberalização implicasse o próprio acto. Ora a liberalização é (seria) equivalente à liberdade de escolha, uma liberdade responsável, pois só quem é completamente limitado (e poderei mesmo dizer burro) é que poderá pensar que por se liberalizar o aborto vão desatar as mulheres a abortar para ver como é. Só quem anda aqui por ver andar os outros tem a ideia que o estado deve dominar e proteger-mo-nos de tudo.
Mas o que me parece desta vez é que a classe política até escreveu direito por linhas tortas, pois a lei que sairá caso o sim ganhe será mesmo equivalente à liberalização. Sem medo de o dizer, LIBERALIZAÇÃO, pois acredito sinceramente que as pessoas, pelo menos neste aspecto, serão responsáveis.
No entanto, no entanto, tal como escrevi há uns meses atrás, continuo céptico. Apesar de o sim ir à frente nas sondagens, acho que no final o não irá ganhar. Acho que no momento de colocar a cruz os Portugueses se vão "acagassar" com o fogo do inferno e acabarão por colocar a cruz no não. Pode ser que me engane. Espero mesmo que me engane.