pensamentos correntes, pensamentos pendentes

quarta-feira, outubro 26, 2005

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Vou partir
Nos próximos dias podem encontrar-me a vaguear por aqui...

terça-feira, outubro 25, 2005

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Hoje não me apetece escrever nada...

terça-feira, outubro 18, 2005

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Hum... Cheira-me que isto anda a mudar...
Com a malta a pagar 40% daquilo que ganha de impostos vai deixar de ver com bons olhos aqueles que fogem ao fisco. A pagar 40% de imposto sobre aquilo que se ganha mais todos os outros impostos cegos, como o IVA, IA, impostos sobre o combustível acho que as pessoas vão começar a ficar mais exigentes quanto aos serviços que lhe são prestados. Quando um político toma posse e a primeira coisa que faz é renovar a frota automóvel que tem 3 anos, também acho que não vai passar incólume.
Será que isto está mesmo a mudar, será que isto vai mudar...?

sexta-feira, outubro 14, 2005

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Realmente passam-se coisas à nossa volta que não podem de nos deixar perplexos.
Uma dessas coisas, foi sem dúvida, as últimas eleições autárquicas. Desde o histerismo do Valentim Loureiro, à eleição de Fátima Felgueiras acabando nas declar
ações infelizes na bem-aventurada derrota de Avelino Torres, tudo foi um pouco estranho. No entanto, apesar de lamentar as eleições de autarcas com provas dadas de corrupção e de comportamentos desviantes, acho que o povo é soberano. E como dizia alguém, os governados têm os governantes que merecem. Há muito que digo que os Portugueses são muito pouco reivindicativos. Aliás, ainda há pouco tempo o próprio primeiro-ministro dizia o mesmo. Reclamamos pouco, contentamo-nos com pouco, enfim, não nos estamos para ralar. Com a política acontece exactamente o mesmo. Desde que tenhamos o espetáculo das campanhas eleitorais pouco mais importa. É engraçado concluir, como foi concluído no último pós e contras, que se um político não mentir durante a campanha eleitoral, dificilmente será eleito. Porra, isto dá que pensar.

Ontem foi dia 13 de Outubro. Sim eu sei, não é uma descoberta por aí além. Mas no nosso país esta data tem um significado: Aparições de Fátima. Nada demais. Mais uma romaria ao santuário, mais pessoas a caminha à beira das estradas, etc. No entanto ontem aconteceu uma coisa que me deixou uma vez mais perplexo. Estava eu a tomar o meu pequeno-almoço tardio, ligo a televisão e está a ser transmitido por dois canais de sinal aberto a missa em directo do santuário de Fátima. Uma vez mais nada de extraordinário. No entanto quando ouço o padre, aí sim, abate-se sobre mim o espanto. O homem estava a falar espanhol. Sim, espanhol. Ou seja, na maior das cerimónias religiosas em Portugal, quem dá a missa? Um padre espanhol. Ou seja, já não basta terem ocupado os melhores espaços comerciais das grandes cidades portuguesas, dominando por completo a nossa economia, até na Cova de Sta Iria eles já estão a meter a unha. Irra, não se pode com estes espanhóis. Qualquer dia até o comércio que envolve o fenómeno Fátima começa a ter marca espanhola. Já não há dúvida, estamos completamente dominados pelos nuestro hermanos.

sexta-feira, outubro 07, 2005

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Da política (Ora ainda mais esta, hem!)

Já durante a minha adolescência não acreditava na política. É claro que tinha a ideologia definida, já muito próxima daquilo que hoje acredito, mas não conseguia acreditar na política. Isto faz-me faz lembrar quando uma professora estagiária de filosofia me perguntava justamente se eu gostava de fiolosofia, ao que eu respondi, gosto de filosofia, não desta filosofia. Ou quando numa aula de avaliação dessa mesma professora eu declarei publicamente, perante os mestres que tinham vindo da ilustre Universidade para assistir àquela aula, para escândalo de todos, que o pior que tinha acontecido ao Homem foi a existência de Aristóteles. Nessa altura andava maravilhado com os livros do Carl Sagan. A certa altura ele dizia, que por causa da sociedade estar arreigadamente apegada aos ensinamentos de Aristóteles mantinha aprisionada a ciência ao plano do fútil ou mesmo, do diabólico, o que por aquelas alturas coisas dessas nunca tinham um bom final. É claro que hoje tenho já uma visão diferente, e aproveito a ocasião para pedir desculpas ao Aristóteles pela minha tenacidade adolescente.

Por aquela altura tinha já a noção que a política corrompia os homens. Não digo que todos os políticos sejam corruptos, mas que os há, há. Além do mais não sei ainda de como se dá este preocesso. Se são as pessoas mais susceptiveis de serem corrompidas que vão para a política, ou se o vislumbramento do poder as torna corruptas, ou se é um processo mais complexo que envolve todas estas vertentes.... O certo é que achva a política desprezável.

Foi por essa altura que a minha mãe apareceu em casa com um boletim de adesão a uma juventude partidária. Já estava tudo pronto, até já tinha a assinatura do sócio proponente, só faltava o meu punho inscrever a minha vontade naquele papel, mas para estupefaccção da minha mãe, declinei. Recusei-me a assinar aquele papel, que para mim até me parecia imundo. Quase me parecia que estava a vender a alma. Ela dizia-me que era uma maneira de precaver o futuro. Eu daquilo nada queria saber, recusei. Acreditava ainda que as pessoas são julgadas pela sociedade por aquilo que valem e não pela quantidade de cartazes que colaram durante a campanha eleitoral anterior. Não, eu nunca seria um desses. A minha mãe, desgostosa, acedeu à minha vontade, e assim foi, nunca me cheguei a filiar em partido algum.

O tempo passou, cresci. É claro que naquela passagem dos 18 até aos 23 somos todos revolucionários, temos a conciência que podemos mudar o mundo e sentimos inclusivé que o podemos fazer sozinhos, sentimos que temos a energia para isso. É a altura em que se vai para a rua gritar bem alto: NÃO...

Mas o tempo passa, o tempo faz-nos ver as coisas mais perto de como são na verdade. Alguns acham que as pessoas se tornam pessimistas com a idade, que perdem algures a crença na sua ideologia que, enfim, se vão tornando fracos aos pouco, por cederem àquilo a que todos cedem, por se deixarem envolver por esta mesquinhez que entranha a vivência em sociedade...

É engraçado (é o mínimo que se pode dizer) que ao passar do tempo, olhamos para o lado e vemos que aqueles que andaram a colar cartazes enquanto eu gritava bem alto NÃO, estavam a viver desafogueadamente, não pelo seu mérito, mas porque colaram cartazes, ajudaram os outros a governar que os ajudaram agora a governarem-se. É curioso (pelo menos) que pessoas que acabam o seu curso superior ao mesmo tempo mas cuja diferença na dificuldade em arranjar emprego se torna tão evidente. Curioso é também aperceber que aquele que ando a colar cartazes tinha já um concuso público aberto quando acabou a sua licenciatura à sua espera, e que o outro mandou o seu curriculum para esse mesmo concurso para se juntar ao monte, quando todos já sabem para que foi aberto aquele concurso, supostamente, público.

Às vezes olho para isto tudo e dou por mim a questionar-me: “Não teria sido melhor ter assinado aquele tratado diabólico, ter colado um monte de cartazes e andar agora descansadinho da minha vida a lamber umas botas, mas com a segurança de não me ter que preocupar com o fim do mês?”.

Mas no fundo não consio render-me. Até me riu. Riu-me deles que andam a fazer as suas figuras de parvos em cima dos carros carregando bandeiras (e sabem lá que bandeiras são aquelas...?), que têm postos sociais importantes, mas depois têm de jogar aquele jogo permanentemente. Têm de ir passar férias no sítio da malta. Têm de casar com o que aparenta ser o melhor, tem de obedecer ao código da vestimenta, enfim, esvaziarem-se de si mesmos.

É claro que muitos poderão dizer: “Lá está ele com aquela conversa de vencido, o que ele tem é inveja por não ser um dos nossos”. Mas ainda me restam forças para dizer: NÃO...

E quero aproveitar, porque pode ser que amanhã já não domine a minha vontade e me faltem as forças...

Por isso digo: NÃO, não assino esse papel...

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Hoje é dia de homenagem a Picco della Mirandola
Pelo seu génio.
Pela sua clareza de espírito

segunda-feira, outubro 03, 2005

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Pensamentos Correntes...

É impressão minha ou a Antena 3 está a ficar melhor? É que houve uma temporada em que aquela rádio não se podia ouvir mais do que cinco minutos seguidos. Agora, de vez em quando, até se consegue ouvir durante algum tempo.

Por mais que pense nisto não percebo esta história da imunidade. O sistema democrático não deveria ser, ele próprio, o defensor da igualdade entre todos? Então porque é que uns estão imunes à justiça e outros não dependendo do seu cargo profissional Porque é que os deputados, candidatos, entre outros, estão imunes à justiça? Não percebo, a sério que não percebo...

Nesta sequência, será que a Fátima Felgueiras vai ser eleita? Eu não posso acreditar que o povo seja assim tão burro que vá todo votar nela. Quem diz nela, diz no Avelino Torres. Eh pá, é que tresandam a podridão corrupta. Aliás, só a encenação a que estas personagens se prestam nestas eleições autárquicas seria o bastante para serem banidos através do movimento eleitoral. Agora, vamos lá a ver o que dá...

Ontem estva a ler o Público, e claro, notícia de destaque, o eclipse de hoje. No entanto houve algo que me deixou confuso. Ao referirem-se ao fenómeno que se verificou no norte do país, diziam que se ía verificar um eclipse anular. No entanto nos telejornais da noite quase que apostava que os jornalistas se referiam ao mesmo fenómeno como sendo anelar. Afinal em que ficamos?