Existe um planeta muito distante daqui. É um planeta especial pois é composto por um só oceano. Neste oceano vivem essencialmente dois tipos de criaturas. Aquelas que vivem à tona da água e aquelas que vivem nas profundezas do oceano.
É muito engraçado reparar nas diferenças que marcam estes dois tipos de ser.
A superfície é inundada de luz. As criaturas que aqui vivem possuem olhos e vêem-se mutuamente. Talvez por se verem estes seres são muito mais coloridos. Mostram-se muito mais. São exuberantes, exibem-se constantemente. Pelo o contrário os organismos das profundidades não vêem, mas em contrapartida sentem muito mais. Comunicam de uma forma muito mais intensa que os organismos que habitam a superfície. Este mentem constantemente. Produzem cor para disfarçar os cinzentos que os dominam. Exibem-se para se fazer notar, gostam de se fazer notar.
Os habitantes das profundezas são discretos, a maior parte do tempo estão sozinhos. Quando se encontram a linguagem é medida, gostam de saber como é o outro, gostam de aprender com o outro, o outro é importante.
As criaturas da superfície abominam os seus parentes que moram lá em baixo. Mas algumas vezes acontecem coisas interessantes. Por vezes uma das criaturas da superfície aventuram-se e mergulham até lá baixo. Nas maior parte das vezes voltam depressa para cima completamente atemorizadas. De quando em vez há uma que resiste ao medo e fica lá em baixo. Confronta-se consigo própria. Abre-se aos outros e descobre que havia muito mais em si que aquilo que pensava.
As criaturas lá de baixo são assim. São feias e monstruosas, mas sabem do que são feitas.
É muito engraçado reparar nas diferenças que marcam estes dois tipos de ser.
A superfície é inundada de luz. As criaturas que aqui vivem possuem olhos e vêem-se mutuamente. Talvez por se verem estes seres são muito mais coloridos. Mostram-se muito mais. São exuberantes, exibem-se constantemente. Pelo o contrário os organismos das profundidades não vêem, mas em contrapartida sentem muito mais. Comunicam de uma forma muito mais intensa que os organismos que habitam a superfície. Este mentem constantemente. Produzem cor para disfarçar os cinzentos que os dominam. Exibem-se para se fazer notar, gostam de se fazer notar.
Os habitantes das profundezas são discretos, a maior parte do tempo estão sozinhos. Quando se encontram a linguagem é medida, gostam de saber como é o outro, gostam de aprender com o outro, o outro é importante.
As criaturas da superfície abominam os seus parentes que moram lá em baixo. Mas algumas vezes acontecem coisas interessantes. Por vezes uma das criaturas da superfície aventuram-se e mergulham até lá baixo. Nas maior parte das vezes voltam depressa para cima completamente atemorizadas. De quando em vez há uma que resiste ao medo e fica lá em baixo. Confronta-se consigo própria. Abre-se aos outros e descobre que havia muito mais em si que aquilo que pensava.
As criaturas lá de baixo são assim. São feias e monstruosas, mas sabem do que são feitas.