pensamentos correntes, pensamentos pendentes

segunda-feira, março 29, 2004

|

A moral do bem – II

No exacto momento que começo a escrever este texto começo a sentir uma inexplicável dor aguda num dos dedos. Espero que não seja censura divina aquilo que pretendo escrever... Avancemos então...

Só um aparte primeiro: Antes de mais, e já que estou a assistir a um concerto para solo de piano, gostaria de dizer que tocar piano e escrever é algo de muito semelhante. EM ambas as actividades se utilizam teclas (se for o caso de escrever num teclado) e em ambos os casos como consequência de tocar nesta ou naquela conjunto de teclas, vai produzir um número se emoções, reacções ou sensações diferentes. É engraçado, não é por isso que me sinto mais ou menos artista. Mas sendo o artista um produtor de arte levar-nos-ía à definição de arte, e por aí não me meto eu....

Continuando. Vamos já começar pela útlima questão. Porque amamos? Costumo ouvir dizer que não escolhemos as pessoas que amamos. O único exemplo que conheço é o amor que os pais nutrem pelos filhos e vice-versa, pois ninguém escolhe os pais que tem nem os seus respectivos filhos. Mas mesmo assim pder-se-ía dizer que amar os nossos parentes não é assim nada de extraordinário. A ver bem estamos a amar algo que é parte de nós próprios, existe naqueles organismos parte do nosso materioa genético. No final estamos somente a amar uma parte de nós próprios. Nada de mais lógico. E nada de impressionante acontece aqui....
Agora o que é mais surpreendente é quando fazemos algo em favor do Outro, mesmo que isso implique algo em nosso desfavor. Aqui estamos a falar da altruísmo. Mas o que é o Amor afinal? O que as pessoas sentem qundo sizem que amam? O que acontece quando esse amor não é correspondido? Por todas estas questões serem um pouco confusas vamos por partes...
Quando se ama alguém basicamente o que acontece é o nosso pensamento ser toldado por aquilo que a pessoa amada é e o que possa representar. Muitas vezes, os “amores” são baseados em fantasias criadas pela pelas pessoas que com o tempo de desfazem, muitas vezes da pior maneira. Assim o verdadeiro amor só se pode consumar quando é recíproco. Assim snedo constitui um acto dinâmico de parte a parte e devido a isso tem de haver uma compensação para ambas as partes. É certo que esta compensação não é recebida num acto consciente, mas que ela existe não há dúvidas. É por isso que quando se faz algo por amor recebe-se alguma coisa e essa poderá ser a razão para o fazer. Uma vez mais vamos à questão moral implícita. O que é fazer o bem afinal?
Vamos ver um exemplo simples. Imaginemos que vamos descontraidamente na rua a ler o jornal e que sem querermos damos um pontapé numa pedra, mesmo sem reparar. Essa pedra ao rolar desce por numa barreira e vai bater na mão de um assaltante que estava a ameaçar uma velhinha com uma arma. Ao bater-lhe na mão, o assaltante fica desarmado o que permita à velhinha pedir por ajuda, sendo por fim salva. A questão que se coloca. Nós fizemos alguma acção que possa moralmente ser classificada como boa?
Continua...

quinta-feira, março 18, 2004

|

A moral do bem
Uma reflexão ligeira


Numa primeira abordagem é-nos óbvio que tudo é relativo. Tudo existe em função de uma outra coisa. Desta forma o estabelecimento de uma normativa que determine a relatividade de tudo é, numa primeira abordagem, clara. Mas depois desta constatação é preciso ir mais longe. É preciso aprofundar as consequências deste facto e no fim, tirar as respectivas conclusões.
A constatação de uma relatividade contínua pressupõe a inexistência do absoluto. Desta forma eliminamos, por exemplo, a existência de deus, cuja definição implica o absolutismo. Deus é representado como sendo a referência perante tudo o resto. Mas certo é que assim não é. É fácil de verificar que a existência temporal de deus é regida por uma modulação inerente ao tempo presente. A visão de deus é alterada com o tempo, conforme a atitude das pessoas e das sociedades, com o decorrer dos tempos. Pouco existe de absoluto na noção de deus. Deus não passa de uma noção muito cómoda ao Homem. A modulação da noção de deus é feita de modo a ajuda o Homem na sua existência. Mesmo assim a dúvida está sempre presente. Quem é crente sabe bem do que estou a falar.
Mas continuemos, este não é, ainda, um manifesto ao ateismo, embora pudesse ser um bom começo.
Assim é preciso ter coragem para assumir que esta relatividade se estende a outros domínios que nós poderíamos não esperar. Temos de pensar no amor, na amizade, no altruísmo, enfim, no que se denomina, o bem.
Porque fazemos o que fazemos ao que chamamos o bem? Porque temos amizade? Porque amamos?
Continua....

terça-feira, março 02, 2004

|

Sobre a democracia...

Cada vez que penso no sistema democrático vejo que está longe de ser perfeito. No entanto não consigo conceber nenhum outro que possa constituir uma alternativo. Por isso tenho de me conformar. Depois vejo a política e penso: Será que não é possóvel um sistema democrático sem política? Chego à conclusão que não. A política é um mal necessário à democracia. Mas depois penso: Mas o problema não está na política, está nas pessoas que a fazem (aliás a maior parte dos problemas surgem nas pessoas....) e depois, o que fazer? Encostá-los todos à parede e dar-lhes um tiro na cabeça? Ahhh.... isso já foi feito, Ahhh e chama-se ditadura, matar aqueles com quem não se concorda. Pois realmente não será a melhor solução. E agora? Já sei. Tive uma ideia louca.
E se pegássemos em todos os jornais tipo 24 horas e os queimássemos (a notícia de capa do 24 horas de hoje é a denuncia do mordomo por José Castelo Branco por roubo, percebe-se que é algo de interesse nacional) e depois se obrigássemos o a TVI a financiar o canal 2. E depois quem sabe apostar numa educação a sério que até podia incluir educação cívica e moral (não, não estou a falar de moral judaico-cristã, essa já temos de sobre e nem assim parece trazer frutos....) será que não resultava....

Ou será que isto é governado por um plano maquiavélico que modo a manter as pessoas na maior ignorância possível de modo a serem controladas e comprarem o que alguém quer, a votar em quem alguém quer, a dormir quando alguém quer, a cagar quando alguém quer, etc., etc....