Hoje tenho de escrever sobre a maneira portuguesa de resolver problemas. Agora parece que é proibido transportar mochilas nos autocarros da rodoviária. Sim é um facto, e é possível ler numa folha A4 colada por dentro do vidro do autocarro qualquer coisa como: "É proibida a entrada de mochilas no interior do veículo". Ora, como qualquer pessoa que já andou de autocarro (ou de qualquer outro meio de transporte de longo curso), normalmente levo sempre um pequeno saco, tipo mochila, para levar os bens pessoais, bem como água e algum snack, tipo bolachas e afins (sim porque os autocarros fazem questão em parar só em estações de serviço, onde na maioria se praticam preço proibitivos, e nas gares da companhia os cafés consessionados estão quase sempre fechados) para enganar qualquer apetite que surja nas longas estiradas que fazem parte de quase todas as viajens. Espantado com tal proibição perguntei ao motorista qual a razão para a súbita proibição, explicação: tinha havido um acidente onde alguém teria ficado preso na bagagen e como consequência a companhia rodoviária foi agraciada com uma pesada multa, após o que mostrou legislação a corroborar a medida. Só que a legislação era ja dos anos 80, ou seja, durante todo este tempo a companhia andou a transgredir e agora, sob a desculpa da segurança dos passageiros, tenta escapar às ultas "por excesso de bagagem no interior do veículo" proibindo a entrada da mesma. Por acaso já repararam para os pneus dos autocarros? Jáá nem quero pensar no estado do travões.... Quantas multas ficaram e estão por passar, talvez quando houver um acidente e alguém morrer alguém tome medidas....
Além do mais a medida tomada, a proibição, não é mais um reflexo da nossa maneira de resolver as coisas. Nos aviões leva-se bagagem e é um meio de transporte carenciado de muitos mais cuidados que um autocarro, nÃão se proibe a entrada de bagagem de mão, então o que se faz? Criam-se condições. No entanto a criação dessas mesmas condições acarretam despesas... e portanto proibe-se, e nós Portugueses, com o nosso espírito eternamente benevolente não nos importamos, acarretamos a ordem e entramos no autocarro....
Além do mais a medida tomada, a proibição, não é mais um reflexo da nossa maneira de resolver as coisas. Nos aviões leva-se bagagem e é um meio de transporte carenciado de muitos mais cuidados que um autocarro, nÃão se proibe a entrada de bagagem de mão, então o que se faz? Criam-se condições. No entanto a criação dessas mesmas condições acarretam despesas... e portanto proibe-se, e nós Portugueses, com o nosso espírito eternamente benevolente não nos importamos, acarretamos a ordem e entramos no autocarro....